Aida Conde

Sou uma jurista portuguesa que trabalha atualmente com Employer Branding na Universum Communications AB na Suécia. Antes disso, e depois de terminar o curso de Direito, trabalhei como advogada-estagiária durante quase 3 anos no Escritório de Advogados PLMJ nos departamentos de Direito do Trabalho, Moçambique/Angola Desks e departamento de Reestruturação e Contencioso Financeiro. Foi também nesse período que encontrei a minha paixão pelo Direito da Propriedade Intelectual.

Mudei-me para a Suécia e tirei o meu LL.M em Direito de Propriedade Intelectual Europeu (‘EIPL’) na Universidade de Estocolmo. Durante esse período, fui também Editora da Stockholm IP Law Review (‘SIPLR’), tendo coordenado e revisto diferentes publicações para as revistas da SIPLR e organizado um seminário com profissionais da área. Ao mesmo tempo, continuei com uma das minhas outras paixões - a música – e juntei-me a um coro gospel sueco (Tensta Gospel Choir), onde atualmente canto.

Sou também Board Member na ‘Business and Professional Women’, Suécia (BPW Suécia), que tem trabalhado para implementar mudanças feministas importantes na sociedade sueca desde 1930. Lá, sou um membro ativo, contribuindo para aumentar a independência económica das mulheres.

Por fim, sou embaixadora da HON (‘Her Online Network’), onde contribuo ativamente para a criação de uma comunidade que promove um espaço para o crescimento profissional feminino, incentivando mulheres, profissionais em diferentes áreas, a redefinir o que significa ser bem-sucedida.

Tenho a minha vida espalhada entre Portugal, Suécia e Moçambique. Gosto de estar envolvida em vários projetos simultaneamente, o que contribui para que me sinta activa, conheça pessoas novas e faça a diferença no mundo de alguma forma. Nos meus tempos livres, canto, leio, medito, aprendo sueco, faço exercício físico, escrevo no meu diário, passo tempo com os meus amigos e vejo Netflix/HBO.

Desde que me mudei para a Suécia, jogos de tabuleiro (e quizzes) têm felizmente feito parte da minha vida. Viver na Suécia ensinou-me a valorizar mais a natureza e a perceber que eu sou menina da cidade. Aprendi a aplicar a palavra sueca ‘Lagom’: um estilo de vida e uma forma de aprender a viver com mais felicidade e com menos, valorizando o que já temos. Gosto de viver no estrageiro e sinto-me feliz por ter tomado essa decisão. No entanto, sinto saudades da minha família, sol, mar, comida e do povo português.

Quando sinto saudades, dou por mim a ouvir muita música portuguesa. Sabem o mais engraçado? Não sou só eu: quando me mudei para a Suécia, numa viagem de autocarro, comecei a achar que estava a ouvir fado para além dos meus headphones. Tirei-os e muito rápido percebi que quem estava a ouvir fado era o motorista do autocarro, português.

Estes episódios fazem com que a minha alma portuguesa se sinta menos só.